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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fado da garoa

À musa do meu Fado, mãe gentil,

Do berço de Camões e de Pessoa,

Dedico um verso antigo que ecoa

Nos mares e nos ares de abril.

 

Este meu coração que bate à toa,

A voejar no peito, a mais de mil,

Da terra da garoa do Brasil,

Hoje pousou as asas em Lisboa.

 

Ó musa do meu Fado, me perdoa

Por não guiar o barco pela proa,

Ao navegar nas águas de Cabral.

 

É que eu sou um pária no Parnaso,

Que encontrou Camões, por uma acaso,

Nos versos de um Fado Tropical.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/04/2023
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