![]() Despoetização do EstroMeu estro está mais frio a cada dia! Já não se manifesta como outrora! Quem sabe, brevemente chega a hora, Em que vai esfriar a poesia?
Já não sinto a volúpia que sentia, Quando a inspiração batia à porta. Que seja um sonetilho, pouco importa, A alma do meu estro está vazia.
A rimas já não rimam como antes! Sejam letras vogais ou consoantes Destoam, verso a verso, o tom da lira.
O que hei de fazer? Eu me pergunto: Comer salame e arrotar presunto, Ou camuflar, em versos, minha ira? Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 13/06/2024
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