![]() A morte poéticaO verso, em agonia, sentencia À morte um poeta inocente. A poesia grita em tom clemente: Não! Deixem viver por mais um dia!
A morte vai chegando lentamente, Como se fosse um trem ao fim da linha. E mesmo que não sente que ela vinha, Espera ver o trem na sua frente.
O verso já morreu, restou saudade! A poesia fita a eternidade E diz solenemente: não morreu!
O poeta duvida, então se cala. E um pouco mais tarde solta a fala E pergunta pra morte: quem sou eu?
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 10/03/2025
Alterado em 10/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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