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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um Soneto inglês
Procurei o amor no infinito,
Mas não encontrei nada nem ninguém.
Então eu procurei bem mais além
Do verso de Camões jamais escrito.

E procurei no mar, no céu também,
Porém não encontrei, infelizmente.
Então eu procurei em minha mente,
Bem lá onde o poeta diz que tem,

Perdidos no complexo labirinto,
Que formam os circuitos neuronais,
Vestígios de amor ou dos seus ais,
Até mesmo o amor que foi extinto,

E não achei sequer os seus sinais.
Procurar o amor? Eu não vou mais!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/03/2025
Alterado em 15/03/2025
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