![]() Lamas de marçoAs chuvas de verão tão indo embora, Deixando um rastro enorme pelo chão: Acordes de Jobim, promessa em vão, Que diz que a natureza também chora.
Um pedaço de pau, feito pião, A rodar pela tampa dum bueiro; Uma lata de lixo, um mau cheiro, Um corisco seguido de trovão.
São as lamas de março do outono A sujar, como fosse cão sem dono, Uma pedra no meio do caminho.
A pedra que Drummond deu pra Jobim, E que um certo alguém jogou em mim, Pensando que eu fosse um passarinho.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/03/2025
Alterado em 23/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|