No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Bucolismo Cartesiano

Junto ao mugir dos bois, sibila o vento

Ao passar entre as palhas do coqueiro.

Um bem-te-vi avoa tão ligeiro,

Que deixa para trás meu pensamento.

 

A lira do Poeta sente o cheiro

Das flores, que enfeitam a manhã,

E ouve o canto triste do acauã,

Que parece agorar o mundo inteiro.

 

A poesia acorda e, de repente,

Traduz para o poeta o que sente,

Ao abraçar os dons da natureza.

 

O Poeta ordenha a poesia,

Ao mugido dos bois, E vê, e cria...

E consegue pensar com mais clareza.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/04/2025
Alterado em 20/04/2025
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