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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Poema esquizofrênico

Camões, quando cheirou a Flor do Lácio,

Não tinha conhecido a bela Inês.

Eu juro, de pés juntos, pra vocês,

Pela minha reserva de potássio.

 

Camões, um lusitano portugês,

Não foi conteporâneo de Horácio.

Este jamais cheirou a Flor do Lácio,

Sou capaz de jurar mais uma vez.

 

Eu cheiro a Flor do Lácio, de costume,

E levo na memória o seu perfume,

Para não esquecer dos meus rincões.

 

E se um bardo diz: "Inês é morta",

E um soneto bate em minha porta,

Eu digo: ainda há tempo Vaz Camões.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/04/2025
Alterado em 26/04/2025
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