No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Diabo

Virgulino, o Lampião,

Na história está escrita,

Tinha Maria Bonita

Na palma da sua mão,

E padre Ciço Romão,

No seu dedo do gatilho,

E o pai do céu e o filho,

Nas rezas do dia a dia,

Enquanto a bala zunia,

Raspando no coxonilho.

 

Enquanto o trem segue o trilho,

Que dá o rumo do trem,

Lampião vai mais além,

Com dedo no gatilho.

E quando o sol perde o brilho,

Pois dá seu brilho pra lua,

Maria aparece nua,

No brilho do Mosquetão,

Fazendo aceno pro cão,

Quando a vida continua .

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/04/2025
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