![]() Soneto da InfidelidadeA chama da traição ardeu no meu passado, Até se apagar nas cinzar do presente. E fez meu coração arder, inutilmente, No fogo da paixão há muito apagado.
A infidelidade abriu o cadeado Da porta da prisão das dores do futuro. E mesmo em liberdade, a esmo, eu procuro Voltar para a prisão do beijo nunca dado.
Amei por uma vida a falsa Colobina, Que tinha um Alerquim, à espera na esquina, E um outro Arlequim à sombra de Platão.
Amei, qual Pierrô, em pleno carnaval. E hoje em solidão eu sei, que bem ou mal, O amor não vacina contra a traição.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/05/2025
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