No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Revolucionário
Colhi os cravos <luso e brasileiro>
nos cemitérios da democracia,
tintos do sangue da hemorragia,
que lava as mãos servis dos fuzileiros.

Não lembro qual dos dois foi o primeiro
a enfeitar o céu da liberdade,
mas há um quê de similaridade
quando, dos cravos, se cotejam o cheiro.

Que a história guarde, em seus jardins,
os cravos encravados, os festins,
os louros recolhidos na vitória...

E todos os heróis martirizados:
Os homens e mulheres, os soldados,
que doem seus horrores na memória.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 01/02/2008
Alterado em 01/02/2008
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