No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Natimorto

Quantos poemas não fiz
ou me perdi no caminho?
Fui saindo de mansinho
descolorindo o matiz...

E, diante do meu nariz,
a poesia sorria,
rindo da tosca miopia
de quem não sabe o que diz?

Rindo de nós, imbecis,
poetas gramaticais
do talvez, do aliás...
da flor e do colibri?

Tantos poemas perdi,
que já não me lembro mais.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/12/2005
Alterado em 19/07/2020
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