No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Ideal ressurrecto
Eu sou do Cristo um seu Barrabás!
um ponto de equlíbrio de sua luta.
Filho d'outra Maria, uma puta,
que concebeu a luz de satanás.

Sou parente distante, um Baobá,
árvore secular em extinção;
O derradeiro beijo dos cristãos
nos quarenta ladrões de Ali Babá.

Também rezei à plebe o meu sermão;
Fiz milagres de ódio e de sangue;
Fiz os inimigos, à sede e fome,
assistirem ao milagre do pão.

Na água que Pilatos pôs as mãos,
bebi o sofrimento, a  injustiça...
E hoje Barrabás, esta carniça,
sou eu, do Cristo, a ressurreição.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/12/2005
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