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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Pérolas perdidas (Elegia aos poemas nunca lidos)
Quanta beleza, aos olhos, escondida,
ocultam os lambris da displicência!  
Tem mais beleza do que a gente pensa,
que igual beleza venha a ser perdida.

Quanta beleza que foi produzida
e ocultada sob a indiferença!
Tem mais beleza do que a gente pensa,
que possa a vir passar despercebida.

Quanta beleza que a gente pensa
que aos nossos olhos não foi merecida!
Tem mais beleza do que foi erguida
no despertar da nossa conciência.

Procuremos, com sábia paciência,
pois há beleza escrita e nunca lida.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/12/2005
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