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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Egocêntrico

Vivo a narcisar-me em poesia
como se fora um grande literato,
e meus poemas fossem um retrato,
que a arte, para mim, reverencia.

Vou, entre a psicose e a mania,
semeando os gérmens do egoísmo;
mercê de um iminente cataclismo,
que a boçalidade anuncia.

Sou do poeta sua maestria
a recriar conceitos hordiernos
no epicentro da idolatria.

Senhor de si, do céu e do inferno.
Sepulcro da modéstia, a garantia
de que o poeta não nasceu eterno.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/12/2005
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