![]() Ruinas do passado
O passado negou-me um endereço, borrou-me a memória no presente! Tenho andado mais e mais ausente, talvez até bem mais do que mereço. Mas como todo fim tem um começo e meu começo nunca chega ao fim, não sei ao certo o que será de mim depois do meu penúltimo tropeço. Sinto-me só, tão só, no dia à dia, que ter a solidão por companhia me fez sentir um deus alienado. E só a poesia, esta megera, me faz rever sozinho como eu era, antes de ter meu fim anunciado. Qual chuva de verão na primavera, afogo as flores vindas do passado. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 08/03/2008
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