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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fabela do poeta e as musas

Vivia um poeta apaixonado,
a derramar seus versos pelo mundo.
Dono de um lirismo tão profundo,
tal como fosse um príncipe encantado.

Como todo poeta enamorado,
já quase não dormia, não comia...
Seu alimento era a poesia,
seu leito, um portal abadonado.

Um dia, ao rascunhar mais um soneto,
sentiu esmorecer dentro do peito
o ânimo, a verve, a lucidez...

A mente foi tornando-se confusa...
e num delírio viu todas as musas
morrerem, todas elas, de uma vez.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/03/2008
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