No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Musa trágica

Quem viu a flor no último gemido
da sua entrega ao triste colibri,
pode entender um pouco mais de ti
e assim, quiçá, achar algum sentido

nos versos de amor que escrevi.
Quem lê os versos tolos, condoídos...
que arrancaste de mim nos tempos idos
pode entender -de lá até aqui-

toda a trajetória desse drama:
Tu eras, do bordel, a bela dama
e eu era um amante aprendiz.

Tu eras, do amor, lençol de cama;
A flor-mulher que dá e não reclama...
E eu, um beija-flor de flor-de-lis,

que, mesmo sendo um tolo, foi feliz
por conta da tolice de quem ama.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/03/2008
Alterado em 04/01/2020
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