![]()
Fabela dos dois bons poetas
Num reino, em que reinava a poesia,
viviam dois poetas diferentes: Um deles, um poeta displicente, guardava todos versos que fazia. O outro trabalhava, noite e dia, todos os seus sonetos e poemas. Ele escrevia sobre vários temas: Tornou-se um imortal de academia! Ao falecerem, já no purgatório, -passagem compulsória dos poetas- purgaram suas máculas secretas, desde o nascimento ao velório. O imortal, de culto e oratório, tornou-se querubim, na hierarquia. Ao displicente, o pai reverencia e põe-se a recitar-lhe o repetório. A poesia é o contraditório entre a verve e a obra que se cria.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/04/2008
Alterado em 06/04/2008 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
Comentar com ![]() |