No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fabela da caça e o caçador
A mira na cabeça... o caçador
aperta o gatilho... O ribombo!...
Na pele colorida vê-se um rombo
e a morte pinta o quadro doutra cor.

A fauna extasiada vê o tombo
e a réstia enfumaçada na culatra.
O chumpo expelido, cor de prata,
estanca o sangue quente, feito trombo.

O caçador, assim, protagoniza
-enquanto a caça inerte agoniza-
a besta-humana em todo esplendor...

Era uma ave fêmea em gestação:
Apenas uma pavoa sem pavão...
que serve de troféu pro caçador.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/04/2008
Alterado em 26/02/2012
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