![]()
Soneto nascituro (menção ao texto "A ressaca do dia primeiro de 2006" de Lílian Maial)
Na varanda, a lâmpada queimada,
como uma sombra na escuridão, produzia a nítida impressão de que já percorrera aquela estrada. Alma em vigília, inda que cansada, desfez em letras sua solidão; dançou ao som da chuva e do trovão até achar seu par na madrugada. Então compreendeu que era amada, e que apesar da lâmpada apagada, o dia, a todo custo, nasceria... e inundaria a casa com seu brilho, como se a noite desse à luz ao filho que ela, sozinha, amamentaria.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/01/2006
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|