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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O erudito e o menestrel

—Vosmecê na rima dum soneto
por pouco não atinge perfeição,
Inté parece o Pai da criação,
ao fazer Eva, o verso mais perfeito.

—Me curvo a ti, poeta, em reverência!
Vossa Excelência, nobre menestrel,
floresce, na cultura do cordel,
a poesia nua, em sua essência.

E assim vão os poetas de mãos dadas,
trilhando, dia e noite, a mesma estrada,
à guisa e ao sabor da poesia...

O erudito, mangas regaçadas...
Com rimas ricamente calculadas,
concede ao menestrel a maestria.

E o menestrel, em nobre companhia,
derrama seus cordéis pelas calçadas.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/01/2006
Alterado em 20/04/2021
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