No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um soneto ao ocaso (Menção a "Impressões Visuais" de Rosa Pena)
Fim de tarde: Cadeiras na calçada...
Vodca, limão, gelo e poesia!
O mar espuma verso e maresia
num beijo de marola enamorada.

E eu, batata frita bem salgada
a desmanchar-me no seu paladar,
ouço uma brisa fresca assobiar
como se fosse lira recitada.

O soL, que já batia em retirada,
volta matreiro, dá uma espiada
como quem pede uma saideira;

flerta c'oa lua antes que anoiteça
doura um soneto pra que eu não esqueça
este momento pela vida inteira.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 13/02/2006
Alterado em 13/02/2006
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