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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Poetas de mim
—Augusto, por que és tão sorumbático?
—Não sei, Bocage, qual é a razão.
Quiçá eu viva a contradição
que faz um ser humano tão umbrático.

—Bocage! E tu, que na devassidão
"evaporaste em tua lida insana
o mal que a vida em sua origem dana"... *
Por que viveste tão cruel paixão?

—Não sei, Augusto, qual foi a razão.
Quiçá eu viva a contradição
que faz um ser humano tão devasso.

Os dois poetas viveram seus dias,
a responder nas suas poesias
muitas perguntas que inda hoje faço.




*Versos do soneto Contrição de Bocage
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/07/2006
Alterado em 12/07/2006
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