No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fabela do galo e a raposa
—Paz na floresta! A raposa grita
ao ver no alto um formoso galo.
—Não tenha medo, pois não vou caçá-lo.
Bendita seja a paz! Seja Bendita!

O galo finge que lhe acredita
e se prepara pra descer do galho.
Faz meia volta, como um ato falho:
—Bendita seja a paz! seja bendita!

—Que foi, amigo, viste alguma coisa?
Idaga, intrigada, a raposa.
—Acho que sim... eu vejo uma matilha...

Desculpa-se a raposa e vai embora;
Finge ter pressa, ter perdido a hora...
e o galo vive uma manhã tranquila.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/08/2006
Alterado em 26/08/2006
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