No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

As primícias do amor

Douravam-lhes as nalgas ondulantes,
o corpo acinturado de donzela!
O pelo a cintilar à luz da vela
a boca a gaguejar... balbuciante.

Senti, na eternidade do instante,
o sangue, a borbulhar na cavidade
qual pranto virginal da castidade,
pinturilar seu púbis de amante.

Os seios rijos ávidos dos meus,
a boca emudecida pelo o adeus,
a mão, a poetar minha libido,

fundiam meus suspiros com os seus,
a festejar o amor que ora nasceu
da paz que escondeu cada gemido.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/04/2011
Alterado em 04/03/2021
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