No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto passado a limpo de um lenço de papel de botequim: Final de expediente.

Cerveja Original no ponto certo.
Um filezinho esperto, quase ao ponto.
Da mesa em que estou vejo o encontro
entre o abstrato e o concreto.

O bar põe a saudade muito perto
do copo em que ensaio a saideira.
A moça ao lado ajeita a cabeleira
e deixa o seu vestido entreaberto.

O celular me avisa que é hora!
A consciência manda-me embora,
enquanto põe os olhos na despesa.

A moça do outro lado abre um sorriso,
que me faz perceber, que o paraíso
é tal e qual um copo de cerveja.

Somente um bar entende o que deseja
a mente quando pensa sem juízo!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/04/2011
Alterado em 13/10/2019
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras