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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto do primeiro amor
Herculano Alencar

Guardo uma velha rosa ressequida
dentro do meu soneto mais antigo,
como prova da noite que, contigo,
eu colhi a primeira margarida.

A lua, qual menina preterida,
de cúmplice tornou-se testemunha.
Sabia mais de mim do que supunha,
soubesse eu da minha própria vida.

Hoje, ao escrever este soneto
feito em menção de ti, eu te prometo
deixar teu nome escrito junto ao meu.

Deixar a velha rosa na saudade
e descansar, por toda a eternidade,
à sombra de Eurídice e Orfeu.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/07/2011
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