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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Bolero-Ravel

A hora da verdade se aproxima!
Já ouvem-se os ruflares dos tambores!
Sua atenção, senhoras e senhores:
o verso encontrou-se com a rima!

Ravel pôs a marchar a obra prima
por onde quer que exista um peregrino
a carregar no ombro um violino,
qual uma espada pronta pra esgrima.

Quem disse que a verdade não tem hora
morreu sem ver as luzes da aurora
anuciar o sol que vem ao céu.

Morreu sem perceber a poesia
marchar por sob a luz da luz do dia
à sombra do bolero de Ravel.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/08/2011
Alterado em 10/12/2020
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