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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A serenata de Schubert

Quando a janela abriu-se, a poesia
entrou sem que pedisse permissão.
E o poeta, ao som do violão,
há muito já tocava a melodia.

A musa acertou o coração
pelas estrelas vistas da janela
e frágil, como sombra à luz de vela,
tremeu por sob as ondas da paixão.

A brisa, a varrer a madrugada,
fazia redemunhos na calçada
com quisesse ouvir a serenata.

E o poeta, prenhe de estesia,
pinta o alvorecer de mais um dia
na linha, do horizonte, escarlata.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/09/2011
Alterado em 05/02/2021
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