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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto às flores do outono de Vivaldi

Fosse uma flor de um chão primaveril
ainda que vulgar e sem perfume,
quiçá um beija-flor infante, implume...
à espera de um botão que não abriu.

Fosse o piscar de luz de um vagalume
traído pela luz de um sol de abril,
quiçá uma paixão que descobriu
o cheiro inebriante do ciúme.

Fosse uma nota a mais na melodia,
um verso a debutar na poesia
bem antes que o soneto chegue ao fim.

Fosse Bocage à sombra de Camões,
teria achado tantos corações,
que um deles serviria para mim.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/10/2011
Alterado em 02/05/2014
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