No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Balé em versos

Pé ante pé, os braços na cintura.
O pulso acelerado, a boca em fogo.
Os seios a jogar o antigo jogo
que faz a lucidez virar loucura.

A noite acordada e, a essa altura,
os sonhos, aos bocejos, vêm à tona.
O olhos, ao sabor da beladona,
enxergam a entrega e a procura.

Há uma luz nas luzes da ribalta
e outra luz, à sombra da cortina,
que ilumina a parte da retina,
em que se dá visão ao que faz falta.

O assovio doce de uma flauta
sopra paixões aos pés da bailarina.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/11/2011
Alterado em 29/04/2021
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