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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A rosa e o colibri

E a rosa segredou ao o beija-flor:
__Porque eu não nasci um colibri!?
Poder voar, sair... aqui e ali...
de galho em galho, atrás dum novo amor!

__Pois eu queria ser igual a ti!
Exclama o colibri, desapontado.
__Fosse uma rosa! Ando tão cansado!
Pudesse, eu ficaria sempre aqui.

__Toma essas asas, dá-me o teu perfume!
Voa pra longe, leva o teu queixume
e tomarei, feliz, o teu lugar.

E o colibri, agora uma flor,
espera que a flor, aonde for,
aprenda a arte inata de beijar.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/02/2012
Alterado em 10/08/2018
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