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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Diálogo poético com Alberto Caeiro

..."Falamos, sim, em verso, em verso natural —isto é, em verso
sem rima nem ritmo, com as pausas do nosso fôlego e sentimento.
Os meus versos são naturais porque são feitos assim...
O verso ritmado e rimado é bastardo e ilegítimo".

Alberto Caeiro

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Versos livres
Herculano Alencar

Tu tens razão, Caeiro, tens razão!
A rima faz do verso um escravo,
do jeito que a rosa faz do cravo
e o amor, também, do coração.

Um verso não precisa afinação
como se fosse nota musical.
Precisa ser apenas natural
e dar um sentimento à oração.

Eu tento, ó Caeiro, (de verdade)
deixar meus pobres versos à vontade:
sem ritmo, sem rima, naturais...

Mas por não ser Caeiro ou Pessoa
sigo a rimar aquela rima à toa
dos idos de Camões e outros mais.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/03/2012
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