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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Poema para o "Lago dos Cisnes" de Tchaikovsky

Há algo em minha alma de poeta,
quiçá uma lembrança doutra era,
que rosna, qual o brado da pantera
quando procura a caça predileta.

Algo que brame em mim como uma fera,
que se perdeu no meio da caçada
e, que, por um segundo, quase nada,
não viu a flor se abrir na primavera.

Há algo em minha alma de humano,
que fala ao meu ouvido: "Herculano,
acorda que Tchaikovsky nasceu.

Algo que sopra em mim como assobio
e faz meu poetar entrar no cio,
como se fosse a lira de Orfeu.

Algo que inebria o próprio Eu
e deixa a poesia por um fio.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/06/2012
Alterado em 06/10/2018
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