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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Nó de marinheiro
A cada nó que à vida eu renego,
um outro nó aperta-me a alma!
Eu vou, de nó em nó, com toda calma,
até fazer da vida um nó cego.

Por que o nó aperta quando pego
na corda que enlaça o sofrimento,
pra dar um nó no nó do pensamento
de todos nós que ora eu carrego.

Mas haverá um dia, certamente,
que todos nós serão os nós da gente
a apertar os nós do mundo inteiro.

E nesse dia podem ter certeza,
de que o nó do nó da natureza,
será um antigo nó de marinheiro.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/03/2007
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