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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Filosofia Barata
Herculano Alencar

Qual pássaro noturno, o coração
pernoita, sob o céu da boemia,
até dormir nos braços de sofia,
ao lado do instinto e da razão.

Qual Einstein na caverna de Platão
a calcular a luz da agnosia,
o coração, refém da poesia,
faz o poeta ver na escuridão.

E o poeta (súdito da verve),
ainda que não saiba a quem serve:
se à caverna ou à filosofia,

penhora a razão e o instinto
e se aventura pelo labirinto
por onde a dor persegue a agonia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/03/2013
Alterado em 20/03/2013
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