No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

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Mas... escrever o quê nesta manhã?
Falei baixinho cá, com meus botões.
Quem sabe sobre o rio solimões,
ou sobre o canto triste do acauã!

Quem sabe sobre as novas invenções:
o tablet, a carteira digital!...
Quem sabe sobre o fim do carnaval,
que anuncia as novas eleições!

Quem sabe sobre a cesta de natal,
as roupas da vizinha no varal,
ou sobre o plebiscito da Crimeia!

Tornei a conversar com meus botões
e resolvi voltar ao solimões,
até que alguém me dê alguma ideia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/03/2014
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