No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Lamento de um colibri

Foi-se primeira pétala ao chão
e nem um colibri, por lá, havia!
Quando a segunda pétala caía
tu eras uma flor na multidão.

Foi-se a terceira pétala, então,
e desta vez havia um colibri,
que veio doutra flor atrás de ti,
mas tu não o prestaste atenção.

E foi-se a quarta, a quinta... até que enfim
Já não havia nada no jardim
além de cada pétala caída.

Hoje, quando a paixão mata-me o dia,
eu uso o teu perfume como guia
e vou, de flor em flor, atrás de vida.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 29/03/2014
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