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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Margarida e seus oito colibris

Margarida que ri, e fala e chora,
e protege filhotes beija-flores,
e que guarda de cor as suas cores,
pois que quando crescidos vão-se embora.

Margarida que urge e não demora
em cuidar dos filhotes dos filhotes,
que acende o olhar, dois holofotes,
quando a casca da vida os põe pra fora.

Margarida que é mãe a qualquer hora,
que pariu, noite adentro, até aurora,
oito dores: irmão após irmão.

Nossa mãe, a mais doce margarida,
que nos dá de presente, além da vida,
sua própria existência, de lição.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/05/2014
Alterado em 11/05/2018
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