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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Olho glauco

Pudera eu olhar pelo glaucoma
e enxergar Pedro José Ferreira,
satirizando a casta brasileira,
que explode e cheira como um fecaloma,

Pudera jogar versos na lareira,
queimar meu coração em poesia,
e crepitar as minhas fantasias
no fogo ardente da sua fogueira.

Pudera, eu, olhar pela cegueira
e enxergar com a alma do poeta,
o mundo, como fosse brincadeira.

Obrar com a flatulência de um profeta
a sátira que fez sua bandeira,
com todas suas cores prediletas.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/09/2005
Alterado em 13/11/2018
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