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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Paradoxo vital

A vida, esta cruel insanidade,
é como um trago emético da morte,
que ao destilar a embriaguez da sorte,
se faz um excremento da verdade.

A verdade é, da mentira, um feto.
Um dos filhos bastardos da moral,
nascido de um parto natural
e educado sob o mesmo teto.

A vida é a morte em movimento.
Uma beleza tosca e fascinante,
sonho e pesadelo do momento;

Uma Paixão letal, escravizante,
do amor carnal que açoita o sofrimento,
e nasce, e falece a todo instante.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 01/11/2005
Alterado em 24/11/2019
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