No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O só e sua sombra (Menção ao texto de Danilo Ramos)
Era um morto-vivo: Um vegetal!
Um faz-de-conta, sem qualquer história,
que cedo deu a mão à palmatória
e fez co'a morte um pacto conjugal.

Natimorto: Uma sombra cerebral!
Não via, não falava... só sentia
um frio na garganta, que descia,
como a laje do seu funeral.

E aos vinte e cinco anos dessa vida,
nem mesmo anunciou a despedida,
fechou os olhos; cego, sem lembrança...

e faleceu sem que tenha vivido,
deixando de herança o gemido,
que acalentou sua desesperança.



Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/11/2005
Alterado em 18/11/2005
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