EmigranteE lá se vai o pobre emigrante, Perdido nas veredas do destino: Um jegue, um cachorro, um menino... Uma mulher um pouco mais adiante.
Um lago de suor, o sol a pino... Um pranto a consolar o pensamento; Um soluço que foge com o vento, Pra bem longe do solo nordestino.
E lá se vai, levando a esperança De encontrar, por onde a vista alcança, Onde possa encostar a sua fé.
E quando a vista, enfim, se emaranha, Enxerga, à distância, uma montanha, E roga que ela vá a Maomé. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/11/2021
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