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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Carnaval pandêmico

O frevo anda triste, como nunca!

De sombrinha arriada, posta ao chão!

Não sacode na rua ou no salão,

Seja num palacete ou espelunca.

 

O frevo anda doente do pulmão,

Por conta da mais nova pandemia!

Parece um gato triste que não mia,

Quando ouve o latido de um cão.

 

O frevo fez pro samba uma canção,

Que diz que a pandemia foi em vão,

Pra repensar a música, enfim...

 

Pois nem mesmo o tambor (ou o pandeiro)

É capaz de tocar o ano inteiro,

Se não pedir licença ao tamborim.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/02/2022
Alterado em 25/02/2022
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