No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Teologismo

Estóica guardou, por uma vida,
carúnculas de hímen e paixão.
Amortizou o ônus da traição
co'as dores, da prenhez, não mais sentidas.

E repartiu o peito, condoída,
entre o pai, o filho e o amante;
E foi vivendo, e foi seguindo adiante,
até cicatrizar todas feridas.

Roubou-lhe o filho, a morte, decidida
em conceder-lhe a bênção merecida
por derramar o pranto derradeiro.

Hoje, de boca em boca, mão em mão...
vive, como objeto de oração,
a espalhar perdão no mundo inteiro.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/11/2007
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