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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Uma viagem à verve de Augusto dos Anjos

Eu fiz uma viagem, ida e volta,

À verve sedutora de Augusto.

Dormi, e então sonhei um sonho justo,

E entendi, de si, toda a revolta.

 

Augusto leva um verso, como escolta,

Nas andanças que faz à poesia.

Leva também a capa mais sombria

Que prende, ao poeta, a dor que solta.

 

Ora, que chego ao fim desta viagem,

Levo comigo a doce e acre imagem

Dum poeta sombrio. Entretanto,

 

Uma alma, por Deus abençoada,

Que mesmo sendo breve na jornada,

Regou a poesia com seu pranto.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/09/2022
Alterado em 03/09/2022
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