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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Uma sátira lírica-escatológica

A poesia, dama talentosa,

Desenha uma rosa sem espinho,

Pra enganar as ervas do vizinho,

Com o fulgor que empresta à sua rosa.

 

A poesia segue o seu caminho,

Independentemente do destino,

Com seu humor, satírico e ferino,

Capaz de tocar fogo no parquinho.

 

A poesia, rainha sem trono,

Faz do bobo da corte um cão sem dono,

Perdido nos canis de Pavlov.

 

Do binômio estímulo-resposta,

A poesia descortina a bosta,

E busca encontrar alguém que prove.


 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/09/2023
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