No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Carnaval da saudade
Hoje somente as cinzas do passado
Vagueiam nas lembranças do presente:
O som do tamborim impertinente,
O velho violão desafinado.

A cuíca que chora, tristemente,
A dor que abateu o cavaquinho.
O Surdo que ensurdece no caminho,
Enquanto o Abre Alas segue em frente.

Hoje o meu Carnaval é diferente:
Ninguém sabe mostrar a dor que sente,
Nem mesmo a cuíca grita, e chora...

O meu bloco calou! Canto sozinho!
O Surdo emudeceu, no meu caminho,
E o velho violão perdeu a hora.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/02/2024
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