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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A matemática das formigas

Um dois três, quatro cinco seis, sete oito nove dez…

Em fila indiana vão marchando,

Fazendo meia volta, vez em quando,

Em volta de farelos de pastéis .

 

Agora estão ao lado dos meus pés.

Parecem mais de dez. São muito mais!

E trocam, entre si, alguns sinais

De sons que não emitem decibéis.

 

E lá se vão marchando as formiguinhas,

Diletas operárias sem rainhas,

Levando o de comer pro formigueiro.

 

Enquanto eu saboreio um pastel,

Ouvindo os três apitos de Noel,

E a brisa da manhã carrega o cheiro.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/03/2024
Alterado em 09/03/2024
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