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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O mestre e as luvas ( Menção a série "Mestre"de Rúbia Bourguignon)
O mestre e as luvas

Herculano Alencar,20/12/2005

As suas mãos por sobre as minhas mãos,
foram meu guia na primeira escrita.
A poesia  -que coisa bonita-
brotava aos montes feito um turbilhão.

Eu era o mestre, ela a inspiração!
Um casal jovem em lua de mel.
O nosso leito, as pautas do papel;
o nosso amor, a imaginação.

Hoje, cansado, durmo num soneto.
A minha amante a se vestir de preto
e a chorar seu choro de viúva,

bate-me  à porta quando tem saudade,
pra instigar a minha mocidade,
mas suas mãos são só um par luvas.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/12/2005
Alterado em 03/04/2006
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